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  • Foto do escritorCris Jardim

Vinícola Aurora inicia safra da uva e prevê receber 75 milhões de quilos

Volume projetado é cerca de 10% superior a vindima de 2022, com destaque para excelente qualidade e sanidade da matéria-prima. Variedades usadas na elaboração de sucos integrais e para vinhos com potencial de guarda tem se mostrado com ótimo desempenho no campo


Com um volume que deve chegar aos 75 milhões de quilos, a Vinícola Aurora começou a receber nesta semana as primeiras variedades da safra da uva deste ano. O número, caso se confirme ao termino da vindima previsto para o final de março, é cerca de 10% maior em comparação com a colheita anterior, que foi de 66 milhões de quilos.


A maior cooperativa vinícola brasileira responde por mais de 10% da safra gaúcha da fruta para processamento. Aproximadamente 75% são de variedades americanas e híbridas, destinadas para sucos de uva integrais e vinhos de mesa, e 25% de vitis viniferas, usadas na elaboração de vinhos finos e espumantes.




O gerente Agrícola da Cooperativa Vinícola Aurora, Mauricio Bonafé, informa que as primeiras variedades que estão sendo colhidas são a tinta Pinot Noir e as brancas Chardonnay e Malvasia de Cândia Aromática. Também estão agendados para esta semana os recebimentos das uvas americanas e híbridas BRS Magna, BRS Violeta, Concord, Bordô e Isabel Precoce.


“Assim como as demais castas, elas têm se apresentado com qualidade similar às últimas safras, que foram excelentes. Das variedades viníferas, todas estão com ótima sanidade e produção dentro das médias esperadas. Entre as brancas, destaco a Malvasia de Cândia Aromática. Ela tem tido um incremento em produção vindo principalmente do aumento das áreas plantadas, e vem também se sobressaindo pela qualidade no campo e pelos produtos elaborados. Quanto às variedades americanas e hibridas, destaque para a Bordô, com bom volume de produção e evoluindo muito bem em sua maturação”, antecipa o engenheiro agrônomo. Bonafé cita alguns programas colocados em prática junto às 1,1 mil famílias associadas e que tem resultado em melhorias na matéria-prima ano após ano. Entre eles está o de monitoramento climático para a prevenção do míldio, que é uma das doenças fúngicas que mais prejudicam a videira, e as otimizações constantes nas regulagens de pulverizadores. Outras iniciativas são voltadas para a rastreabilidade e melhoria da competitividade do produtor, além do estímulo ao plantio de novas variedades. “O acompanhamento é feito em todos os ciclos da videira, desde o manejo na propriedade, até chegar à colheita, que é realizada 100% de forma manual. Estes trabalhos são realizados pela nossa equipe de agrônomos, que não medem esforços para o bom andamento da safra. Temos um cuidado especial no recebimento nas unidades da Aurora, que são todos agendados com antecedência para reduzir o tempo de espera e evitar perda de qualidade”, frisa.


O presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Vinícola Aurora, Renê Tonello, que integra o quadro de cooperados, valoriza a assistência que é dada aos produtores e afirma que todo o esforço conjunto é coroado com a chegada da safra. “É um trabalho de um ano inteiro, que inclui a poda, o raleio dos cachos e tudo que envolve o manejo e que tem o seu ápice agora, na vindima. Estamos celebrando a chegada de mais uma grande safra na Vinícola Aurora, que no próximo mês estará completando 92 anos de uma história que é a própria história da vitivinicultura brasileira”, resume o presidente.

Destaque às uvas para suco e para tintos com potencial de guarda Apesar de estar ainda no início da safra, o desempenho no campo de castas para a elaboração de sucos e de vinhos tintos com potencial de guarda chama a atenção do corpo técnico da Vinícola Aurora. De acordo com Mauricio Bonafé, as condições climáticas estão favoráveis, com índice pluviométrico dentro da normalidade e sem previsão de grandes alterações até o final da colheita. “Mesmo que seja cedo para falarmos em grau brix, a tendência de continuidade de um verão menos chuvoso propiciará a maturação das uvas e aumento dos teores de açúcar na fruta, fundamentais para uma graduação maior necessária para a produção de grandes vinhos. Entre os tintos, cito a Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon com excelente condição para chegar no período da colheita com essas características que garantirão produtos de qualidade superior”, acredita.


Cooperados em 11 municípios da Serra Gaúcha A produção dos cooperados se estende por 2,8 mil hectares de área cultivada em 11 municípios da Serra Gaúcha - todos num raio inferior a 50 quilômetros da matriz da empresa, em Bento Gonçalves (RS). Além dos associados bento-gonçalvenses, viticultores de Veranópolis, São Valentim do Sul, Guaporé, Cotiporã, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Pinto Bandeira, Vila Flores, Farroupilha e Garibaldi integram o quadro da cooperativa.

São produzidas mais de 60 variedades de uvas. Entre as principais estão a Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Pinot Noir (vitis viniferas) e Isabel, Concord, Seibel e Bordô (americanas e híbridas), todas colhidas manualmente.

A safra de uvas na Aurora nos últimos anos: 2014 - 57 milhões de quilos de uva 2015 - 65,5 milhões de quilos de uva 2016 - 33,6 milhões de quilos de uva 2017 - 71,5 milhões de quilos de uva 2018 - 61,8 milhões de quilos de uva 2019 - 68,2 milhões de quilos de uva 2020 - 61,9 milhões de quilos de uva 2021 - 90 milhões de quilos de uva 2022 - 66 milhões de quilos de uva


FOTOS Legenda1: Recebimento iniciou nesta semana com as variedades Chardonnay, Pinot Noir e Malvasia de Cândia, usadas na elaboração de espumantes Crédito: Dandy Marchetti Legenda2: Programas desenvolvidos junto às 1,1 mil famílias associadas garantam a qualidade da uva desde o manejo até a entrega nas três unidades da empresa, em Bento Gonçalves. Crédito: Zéto Telöken Legenda3: Colheita deve se estender até o final de março e previsão é de um volume total de 75 milhões de quilos. Crédito: Zéto Telöken Legenda4: Produção é realizada em 2,8 mil hectares de vinhedos, em 11 municípios da Serra Gaúcha, em um raio de 50 quilômetros da matriz, em Bento Gonçalves Crédito: Zéto Telöken

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