Enólogo da Vinícola Arte Viva fala das principais características da variedade branca que faz sucesso mundo afora
Que tal aproveitar o Dia Internacional do Riesling, comemorado no próximo domingo, dia 13 de março, para conhecer um pouco mais sobre essa variedade que faz sucesso nas taças mundo afora? De origem alemã, com registros de seu cultivo desde o século XV, por volta do ano de 1435, essa uva branca é responsável por alguns dos vinhos mais aromáticos que se pode produzir.
De cachos médios e bagos pequenos e delicados, a variedade Riesling entrega notas florais e frutadas e um toque mineral, além de acidez natural alta. Seu açúcar não atinge elevado grau, resultando em produtos menos alcoólicos. A coloração varia dos tons claros, puxando para o amarelo-esverdeado, quando jovens, a tonalidades douradas à medida em que o produto evolui.
Uma variedade reconhecida mundialmente e que se adaptou muito bem ao terroir gaúcho, proporcionando diversidade nos produtos elaborados, sejam vinhos tranquilos ou espumantes, conforme seu processo de vinificação. “As características frutadas e florais da Riesling proporcionam vinhos elegantes, de frescos a encorpados, com processos que evidenciam seu perfil. Nos espumantes, aparecem estas notas com um toque fresco, devido à acidez mais evidente neste produto, já que as uvas são colhidas antecipadamente para obter o resultado”, reforça o enólogo Giovanni Ferrari, à frente da Arte Viva, vinícola boutique localizada em Monte Belo do Sul, na Serra Gaúcha.
A Riesling é a protagonista de dois dos rótulos autorais elaborados por Ferrari na Arte Viva: o espumante Arteviva Elementar Riesling Nature e o vinho Arteviva Sinônimos Riesling. No primeiro, produzido pelo método ancestral, destacam-se notas como camomila e frutas amarelas maduras, além de toques de baunilha e chocolate branco. No paladar é fresco, com agradável cremosidade. Já para o segundo, o enólogo apostou no estágio do líquido por três meses em barrica de acácia para aportar maior complexidade aromática ao produto. A acácia é uma madeira muito utilizada no Brasil para reflorestamento. “Enquanto a variedade demonstra flores, frutas e mineralidade, a acácia complementa com notas de mel e castanha-do-pará, resultando em um produto harmônico, além de maior estrutura, volume de boca e persistência”, acrescenta Ferrari.
Em outros dois exemplares, a Riesling também entra na composição do corte: o espumante Arteviva Elementar Chardonnay/Riesling Nature e o Juju. Rosé de coloração cereja com reflexos acobreados e bastante gastronômico, o Juju é elaborado com as variedades Marselan (70%), Chardonnay (10%) e Riesling (20%), no qual o corte entre uvas brancas passa por carvalho francês e o Marselan rosé estagia no jequitibá-rosa. “Em todos os produtos, a Riesling entra para dar frescor e equilíbrio na acidez”, afirma o enólogo. Os rótulos da Arte Viva estão disponíveis na loja virtual www.vinicolaarteviva.com.br.
A harmonização perfeita com vinhos e espumantes elaborados com a Riesling fica por conta de queijos, bruschettas, pizzas, risotos, carnes brancas, saladas, peixes, frutos do mar e massas com molhos leves. A temperatura ideal para consumo é entre de 6ºC a 8ºC.
Fotos: divulgação
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